Atlantida

Plataformas de Ilhas
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Dinâmica populacional
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O estudo da dinâmica das populações naturais é importante para compreender o que ocorre nos ecossistemas em equilíbrio. Para avaliar o desenvolvimento de uma população, é preciso conhecer certos atributos que lhe são característicos: taxa de natalidade, taxa de mortalidade, taxa de imigração, taxa de emigração.
Numa população animal, são os seguintes os fatores que alteram os seus números:
​taxa de natalidade Número de indivíduos que nascem em um determinado intervalo de tempo.
taxa de mortalidade Número de indivíduos que morrem em um determinado período de tempo.
taxa de imigração Número de indivíduos que chegam a uma população.
taxa de emigração Número de indivíduos que saem de uma população.
densidade populacional é a relação entre o número de indivíduos que compõem determinada população e o espaço ocupado por eles. número de indivíduos.
Para uma população em equilíbrio, temos:
Introdução
Compreender os fenômenos da natureza e suas leis tem sido uma busca constante da humanidade, com intuito de favorecer a vida em sociedade do homem. Neste sentido, a busca por alternativas que possam melhorar o desenvolvimento populacional e social tem sido retratada como questões de grande importância.
Historicamente,estas questões foram tratadas principalmente no ramo das ciências humanas, no que tange a estudos geográficos. Entretanto, a partir do século XVIII, o estatístico e economista Thomas Malthus desenvolveu um modelo matemático para estudar o crescimento populacional mundial, sendo ele um dos precursores da demografia, ciência que estuda a dinâmica de populações.
O modelo de Malthus foi criado em 1978 e gerou uma acirrada controvérsia no começo do século XIX, pois Malthus afirmava que a população mundial crescia apenas em proporção geométrica, enquanto os meios de sobrevivência cresciam apenas em proporção aritmética. Portanto, a população seria controlada por fome, miséria e muitas outras coisas da natureza.
Já o modelo de Verhulst ou modelo logístico foi apresentado em 1837 e propõe que o crescimento da população é limitado por um fator logístico, que é a capacidade de sustentação do meio ambiente. Este modelo supõe que uma população, vivendo num determinado meio, crescerá até um limite sustentável, ou seja, ela tenderá a uma estabilidade. A equação incorpora a queda do crescimento da população que está sujeita a um fator inibidor.
História
Tomas Robert Malthus
A teoria criada por Tomas Robert Malthus (1766-1834), economista e demógrafo inglês, e que ganhou o nome de “Malthusianismo” foi a primeira teoria populacional a relacionar o crescimento da população com a fome, afirmando a tendência do crescimento populacional em progressão geométrica, e do crescimento da oferta de alimentos em progressão aritmética.
Durante os séculos XVIII e XIX houve um acentuado crescimento demográfico devido à consolidação do capitalismo e àrevolução industrial que proporcionou a elevação da produção de alimentos nos países em processo de industrialização diminuindo a taxa de mortalidade (principalmente na Europa e nos EUA). Isto fez com que os índices de crescimento da população subissem provocando discussões que culminariam em diversas teorias sobre o crescimento populacional, destacando-se o malthusianismo.
Lançada sob o título “Ensaio sobre o princípio de população e seus efeitos sobre o aperfeiçoamento futuro da sociedade, com observações sobre as especulações de Mr. Godwin, Mr. Condorcet e outros autores”, a teoria de Malthus caracteriza-se pelo grande pessimismo em relação ao crescimento populacional.
Malthus acreditava que o crescimento demográfico iria ultrapassar a capacidade produtiva da terra gerando fome e miséria.
Segundo Malthus, as únicas formas de evitar que isso acontecesse seria reduzindo a taxa de natalidade através da proibição de que casais muito jovens tivessem filhos, do controle da quantidade de filhos por família nos países pobres, do aumento do preço dos alimentos e da redução dos salários para forçar as populações mais pobres a ter menos filhos.
Entretanto, Malthus argumentava que a alta taxa de mortalidade e fecundidade seriam praticamente impossíveis de reduzir uma vez que eram consequências de fatores fora do alcance da intervenção humana. Por isso, ele defendia que desastres como a fome, a epidemia e a guerra eram benéficas no sentido de serem um controle para o crescimento populacional.
Dentre os que se opunham à teoria de Malthus destacou-se Jean-Antonio Nicholas Caritat, o Marquês de Condorcet (1743-1794). Ele acreditava que as altas taxas de mortalidade e fecundidade registradas na época eram devidas à ignorância, às superstições e ao preconceito e que apenas “as luzes da razão” seriam capazes de reverter essa situação. Sua teoria, publicada entre 1793 e 1794, se intitulava “Esboço de um quadro histórico dos progressos do espírito humano” e, ao contrário de Malthus, apresentava uma visão bastante positiva do progresso humano.[1]
Verhulst (1804-1849) foi um matemático belga que introduziu um modelo matemático para o crescimento populacional humano em 1837. Ele se refere a esse crescimento como crescimento logístico; por isso, o modelo de Verhulst é chamado, muitas vezes, de modelo logístico. Ele não foi capaz de testar a precisão do seu modelo devido a dados inadequados do censo e não recebeu muita atenção até muitos anos depois. A concordância razoável do modelo com dados experimentais foi demonstrada por R. Pearl (1930) para populações de Drosophila melanogaster (mosca das frutas) e por G. F. Gause (1935) para populações de Paramecium e Tribolium (besouro da farinha).
Aporte Teórico
A modelagem matemática consiste na arte de transformar problemas da realidade em problemas matemáticos e resolvê-los, interpretando suas soluções na linguagem do mundo real, segundo (BASSANEZI 2002, p. 98). A modelagem pressupõe multidisciplinaridade, nesse sentido, vai ao encontro das novas tendências que apontam para a remoção de fronteiras entre as diversas áreas de pesquisa. Em seus vários aspectos, é um processo que alia teoria e prática, motiva seu usuário na procura do entendimento da realidade que o cerca e tem papel importante na busca de meios para agir sobre ela e assim transformá-la. A modelagem matemática surge da necessidade do homem compreender os fenômenos que o cercam de modo que possa interferir ou não em seu processo de construção. São previsões de tendências e aproximações da realidade. Ela não pode ser utilizada apenas para justificar o conteúdo que está sendo ensinado, mas sim se deve ter fundamento, isto é, saber o motivo pelo qual o aluno deve aprender matemática e a importância que isto representa na formação dele como cidadão responsável e participativo na sua sociedade.
Nesse sentido pode-se dizer que a Modelagem Matemática é o processo que envolve a obtenção de um modelo que busca descrever matematicamente um fenômeno da nossa realidade para tentar compreendê-lo e estudá-lo, criando hipóteses e reflexões sobre tais fenômenos. Os modelos devem ser testados em confronto com os dados empíricos, comparando suas soluções e previsões com os valores obtidos no sistema real. Um modelo deve prever, no mínimo, os fatos que os originaram e os motivos dos resultados obtidos, que facilita avaliar as previsões ou mesmo sugerir um aperfeiçoamento dos modelos. Seja qual for o caso, a resolução de um problema em geral quantificado requer uma formulação matemática detalhada. Uma perspectiva, um conjunto de símbolos e relações matemáticas que procura traduzir de alguma forma um fenômeno em questão ou problema de situação real, denomina-se “Modelo Matemático”. Na ciência, a noção de modelo é fundamental. Em especial a matemática com sua arquitetura, permitem a elaboração de Modelos Matemáticos possibilitando uma melhor compreensão, simulação e previsão do fenômeno testado.
A elaboração de um modelo depende do conhecimento matemático que se tem. Se o conhecimento matemático restringe-se a uma matemática elementar, como aritmética e ou medidas, o modelo pode ficar delimitado a esses impasses. Quanto maior o conhecimento matemático maiores serão as possibilidades de resolver questões que exijam uma matemática mais sofisticada. Porém o valor de um modelo não está restrito a sofisticação matemática e sim a sua relevância e importância.
Fases típicas do desenvolvimento da população
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Para amostrar o desenvolvimento das populações, foi desenvolvido um modelo com seis fases. Em uma população real, normalmente não ocorrem todas as fases. A população pode já morrer na fase 1, ou então se perpetuar para além da fase 6, e não morrer nesta, como mostrado no gráfico.
Fase I: fase de latência ou start-up
O tamanho da população não apresenta grandes mudanças e está longe de sua capacidade total. A taxa de nascimento e morte estão próximas. Não há falta de recursos, fatores dependentes da densidade, e não há nenhuma competição. A taxa de natalidade é baixa porque pela baixa densidade populacional, encontros intraespecíficos são mais raros. A mortalidade dependente de predadores externos também é baixa pois existem esconderijos suficientes no habitat, dada a baixa densidade da população da espécie estudada. Até mesmo doenças são raras devido aos poucos encontros intraespecíficos
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População fundadora: Populações pequenas causadas ​​pela emigração de parte da população ou por catástrofes. Pequenas populações podem ser liquidadas em um novo habitat, antes que as novas fontes de alimento sejam perfeitamente utilizadas pela população, alterando as condições de nutrição por algum tempo.
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Ajuste de substrato: Para micro-organismos que podem utilizar vários substratos, normalmente se leva algum tempo (minutos a horas) até a conversão em direção ao novo substrato (por exemplo, mudança de anaeróbio para o metabolismo aeróbio em células de levedura). Quase nenhum crescimento nesta fase de transição pode ser observado.
Flutuações na densidade populacional (oscilações) podem ser genéticas, por exemplo, as flutuações devido ao acaso. Se uma certa densidade populacional não for atingida, a população pode se extinguir. Quando um determinado valor é excedido, a população pode resultar na fase exponencial.
Fase II a IV: fase de crescimento positivo
A taxa de natalidade é mais elevada do que a taxa de mortalidade.
Fase II: O crescimento exponencial (fase log). Primeiramente ocorre crescimento exponencial porque a taxa de natalidade aumenta mais rapidamente do que a taxa de mortalidade. Os recursos são tão abundantes que a competição intraespecífica é irrelevante. A população de predadores é inicialmente tão baixa ou esconderijos são tão numerosos que a taxa de mortalidade permanece baixa. Com o aumento do tamanho da população, também se aumenta a taxa de mortalidade.
Fase III: Crescimento linear. O aumento das taxas de natalidade e mortalidade crescem em igual rapidez, a população aumenta linearmente.
Fase IV: Atraso de crescimento. Com o aumento da proximidade com o limite da capacidade suporte, as relações intraespecíficas e a competição interespecífica passa a desempenhar um papel cada vez mais importante, de modo que o aumento da taxa de natalidade é retardado e a taxa de mortalidade aumenta. Com o aumento da densidade da população, também aumenta a densidade populacional de predadores ou os predadores se especializam cada vez mais nessa presa. O crescimento se torna assim, cada vez mais retardado.
Fase V: transportador
A alta taxa de natalidade é compensada por uma alta taxa de mortalidade, devido ao aumento da densidade da população (competição intraespecífica, stress, epidemias etc.). A ocupação do habitat ainda não é máxima, os recursos são utilizados de forma eficiente, sem esgotá-los. A densidade de população varia em torno do valor K, capacidade suporte ou limite de capacidade.
Fatores externos, como por exemplo as estações, levam a uma densidade oscilante, ou, em habitats desfavoráveis com flutuação, a um curso flutuante. Quanto maior for a população, mais estável será a fase estacionária. Uma saliência na densidade nesta fase, leva a um aumento na taxa de mortalidade e/ou diminuição da taxa de natalidade a curto prazo.
Fase VI: fase de morte
A taxa de natalidade agora é menor do que a taxa de mortalidade. Para as pequenas populações, flutuações aleatórias podem levar à extinção. Uma redução de capacidade, por exemplo, por alterações no ambiente ou a imigração de novos predadores pode causar um novo equilíbrio em níveis mais baixos.
Definição de Equação Diferencial Ordinária
Uma equação que contém as derivadas ou diferenciais de uma ou mais variáveis dependentes, em relação a “uma ou mais” variáveis independentes, é chamada de Equação Diferencial (ED) e são classificadas de acordo com o “tipo”, a “ordem” e a “linearidade”.
Modelos matemáticos
Desde o séc. XVIII naturalistas e matemáticos tentam explicar a dinâmica das populações. Foram propostos assim, dois modelos. O primeiro, concebido por Thomas Malthus, explica o crescimento populacional sem agentes externos, tidos como limitadores da população. O segundo, proposto por Pierre Verhulst, explica o crescimento da população com a ação de agentes limitadores, como por exemplo a competição intraespecífica. Além disso, esses dois modelos podem ser analisados em intervalos curtos de tempo, chamado discreto, onde é dado o número de indivíduos nos dois momentos, ou de forma contínua, utilizando um intervalo de tempo maior, onde é dada a taxa de crescimento contínua da população. A seguir os dois modelos
Crescimento exponencial da população - Modelo Malthusiano
Crescimento populacional exponencial. A população cresce a infinito, sem limitações.
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O primeiro modelo de crescimento populacional foi proposto por Thomas Malthus em 1798. Ele observou que, na ausência de restrições ambientais, a população humana aumentaria numa proporção fixa. Em 1500, a população total estimada era de 500 mil pessoas, e agora este número já ultrapassa a marca dos 7 bilhões de pessoas. Thomas Malthus descreveu tal crescimento populacional e disse que em algum momento a população entraria em colapso, pois a oferta de alimentos não seria compatível a este crescimento exponencial, uma vez que tal oferta apresentava uma taxa de crescimento emprogressão aritmética. Malthus não contava que os avanços tecnológicos fariam com que a oferta de alimentos crescesse a uma taxa além da aritmética, suprindo assim a demanda da população. Em seus cálculos, foi utilizada uma taxa de crescimento populacional per capta constante, o que também não condiz com a realidade, uma vez que populações estão sempre susceptíveis a taxas de controle populacional, como doenças, escassez de alimentos e guerras.
Modelo exponencial de tempo discreto
Este modelo é utilizado em intervalos de tempo discretos e mede o crescimento ou decrescimento populacional de sistemas. Como não se leva em consideração fatores externos, a população cresce sem limites. Este é um dos princípios da ecologia. Portanto, temos que lambda onde N é o número da população no instante t, tamanho da população no próximo passo de tempo, e é a taxa de crescimento da população (diferença entre taxa de mortalidade e taxa de natalidade). Se , temos uma população estável, sem apresentar crescimento ou decrescimento. Se , a população apresenta um crescimento exponencial. Se , a população apresenta um decrescimento exponencial, e se , ocorre a extinção da população.
Crescimento exponencial de tempo contínuo
Bactérias por exemplo, se reproduzem de forma contínua, ou seja, dado um instante de tempo, elas se duplicam. Por isto, a velocidade de crescimento é proporcional ao tamanho da população, já que, a medida em que a população aumenta, sua velocidade aumenta em mesmo grau. Este tipo de situação é expressado por meio de uma equação diferencial, que mostra a velocidade instantânea de crescimento da população de bactérias. Portanto temos que onde representa a taxa de crescimento populacional por unidade de tempo, r representa a taxa intrínseca de crescimento populacional, ou o quanto cada indivíduo contribui para a variação no tamanho da população em um instante, e N é o tamanho da população.
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Crescimento populacional logístico - Modelo Verhulst
Crescimento populacional logístico. A princípio, a população cresce de forma exponencial, mas depois se estabiliza quando a população atinge um número de indivíduos (N) e um número máximo de recursos no ambiente (K).
É claro que uma população não pode crescer indefinidamente: mais cedo ou mais tarde o esgotamento dos recursos disponíveis imporá limites à expansão. O matemático Pierre Verhulst propôs, em 1838, uma generalização do modelo de Malthus que leva em conta essas restrições “ambientais”.
O crescimento logístico, é um modelo de crescimento um pouco mais complexo que o crescimento exponencial, porém é o modelo que melhor reflete a dinâmica populacional, pois nele está inserido o conceito de competição intraespecífica. Inicialmente, a população apresenta um crescimento exponencial, porém a medida que esta população se torna densa, a competição intraespecífica se torna maior e leva a população a um patamar de equilíbrio, conhecido como homeostase, no qual o número de mortes e nascimentos se torna constante (representado graficamente por uma reta contínua).
Um termo que complementa esta competição intraespecífica e ajuda no equilíbrio da população, é chamado de capacidade suporte, representado pela variável (k). Na natureza é praticamente impossível que uma população cresça de forma exponencial por tempo indeterminado, todo o ambiente possui uma capacidade suporte, que nada mais é que um limitante de indivíduos, ou seja, o número de indivíduos que o ambiente pode suportar, sem que haja grandes variações na mesma, devido a altas taxas de natalidade ou mortalidade. Esta capacidade suporte normalmente precisa ser estimada.
Crescimento logístico de tempo discreto
Este modelo expressa a evolução de determinada população em intervalos (geralmente fixos) de tempo. Desta maneira é possível observar o número de indivíduos inicialmente e depois de um certo período de tempo. A equação que representa este modelo é dada por onde k representa a capacidade suporte.
Crescimento logístico em tempo contínuo
Pierre François Verhulst
Para levar em conta que a população y(t) tem um valor máximo sustentável podemos supor que a taxa de crescimento além de ser proporcional a população atual, é proporcional também à diferença entre e a população presente y(t). Neste caso a população como função do tempo, y(t), é a solução do problema de valor inicial.
Onde y(t) representa o número de indivíduos no tempo t, r a taxa de crescimento intrínseca e K é a capacidade de carga, ou número máximo de indivíduos que o ambiente suporta. Este modelo foi redescoberto em 1920 por Raymond Pearl e Lowell Reed, que promoveram seu uso amplo e indiscriminado. A equação logística pode ser integrada de modo exato e tem solução é determinado pela condição inicial. É interessante notar que a solução pode ser também escrita como a média ponderada harmônica da condição inicial e da capacidade de carga.
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Migração humana
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As migrações humanas tiveram lugar em todos os tempos e numa variedade de circunstâncias. Têm sido, tribais, nacionais, internacionais, de classes ou individuais. As suas causas têm sido políticas, econômicas, religiosas, étnicas ou por mero amor à aventura. As suas causas e resultados, são fundamentais para o estudo da etnologia, história política ou social, e para a economia política.
Nas suas origens naturais, podem referir-se as migrações do Homo erectus, depois seguidas das do Homo sapiens, saindo de África, através da Euroásia, sem dúvida, usando algumas das rotas disponíveis, pelas terras, para o norte dos Himalaia, que se tornaram posteriormente a Rota da Seda, e através do Estreito de Bering.
Sob a forma de conquista, a pressão das migrações humanas, afetou as grandes épocas da história (e.g. a queda do Império Romano no Ocidente); sob a forma de migração colonial, transformou todo o mundo (e.g. a pré-história e a história dos povoados da Austrália e Américas).
A migração forçada, tem sido um meio de controle social, dentro de regimes autoritários, mesmo sob livres iniciativas, é o mais poderoso factor, no meio social de um pais (e.g. o crescimento da população urbana). Incluem-se neste caso as migrações pendulares referidas abaixo e também as grandes imigrações, em que os migrantes se fixaram num país diferente, trazendo sua cultura e adotando a do país de acolhimento.
Os recentes estudos de migrações vieram complicar esta visão dualista. Como exemplo, refira-se que boa parte dos migrantes, que nos dias de hoje mudam de país, continuam a manter práticas e redes de relações sociais que se estendem entre o país de origem e o de destino, interligando-os na sua experiência migratória. Trata-se de um "transnacionalismo" que transcende os conceitos de migração temporária e migração permanente.
Habitat
Este recife de corais na Área Protegida das Ilhas Fénix é um rico habitat para a vida marinha.
Poucas criaturas fazem das prateleiras de gelo da Antártica seu habitat.
Um habitat ou hábitat é uma área ecológica ou ambiental que é habitada por uma determinada espécie de animal, planta ou outro organismo. O termo refere-se tipicamente à zona em que o organismo vive e onde pode encontrar alimento, abrigo, proteção e companheiros para reprodução. É o ambiente natural em que vive um organismo, ou o ambiente físico que envolve uma população de espécies.
Um habitat é composto de fatores físicos como solo, umidade, intervalo de temperatura e intensidade da luz, bem como fatores bióticos, como a disponibilidade de alimentos e a presença ou ausência de predadores. Cada organismo tem certas necessidades de habitat para as condições em que irá prosperar, mas alguns são tolerantes a grandes variações, enquanto outros são muito específicos em suas exigências. Um habitat não é necessariamente uma área geográfica, podendo ser o interior de um tronco, um tronco podre, uma rocha ou um aglomerado de musgo, e para um organismo parasitário é o corpo de seu hospedeiro, parte do corpo do hospedeiro, como o aparelho digestivo, ou uma única célula dentro do corpo do hospedeiro.
Tipos de habitat incluem polar, temperado, subtropical e tropical. O tipo de vegetação terrestre pode ser floresta, estepe, campo, semiáridoou deserto. Os habitats de água doce incluem marismas, córregos, rios, lagos, lagoas e estuários, e os habitats marinhos incluem pântanos salgados, costa, zona entremarés, recifes, baías, mar aberto, leito do mar, águas profundas e respiradouros submarinos.
Os habitats mudam ao longo do tempo. Isto pode ser causado devido a um evento violento, como a erupção de um vulcão, um terremoto, um tsunami, um incêndio ou uma mudança nas correntes oceânicas; ou a mudança pode ser mais gradual ao longo de milênios com alterações no clima, como o avanço e recuo de mantos de gelo e geleira, e como diferentes padrões meteorológicos trazem mudanças de precipitação e radiação solar. Outras mudanças vêm como resultado direto das atividades humanas; o desmatamento, o arado de pastagens antigas, o desvio e represamento de rios, a drenagem de pântanos e a dragagem do fundo do mar. A introdução de espécies exóticas pode ter um efeito devastador sobre a fauna nativa, através de uma maior predação, pela competição por recursos ou pela introdução de pragas e doenças às quais as espécies nativas não têm imunidade.
Habitat subaquático
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Laboratório subaquático na Alemanha ocidental, "Helgoland", aproximadamente em 1969.
Habitats subaquáticos são estruturas subaquáticas em que as pessoas podem viver por longos períodos e realizar a maioria das funções humanas básicas de um dia de 24 horas, como trabalhar, descansar, comer, cuidar da higiene pessoal e dormir. Neste contexto, "habitat" é geralmente usado em sentido estrito para significar o interior e o exterior imediato da estrutura e seus acessórios, mas não o seu ambiente marinho circundante. A maioria dos primeiros habitats subaquáticos carecia de sistemas regenerativos para ar, água, alimentos, eletricidade e outros recursos. No entanto, recentemente, alguns novos habitats subaquáticos permitem que estes recursos sejam entregues usando tubos ou gerados dentro do habitat, em vez de serem manualmente entregues.
Um habitat subaquático deve satisfazer as necessidades fisiológicas humanas e proporcionar condições ambientais adequadas, e o que é mais crítico é respirar ar de qualidade adequada. Outras questões dizem respeito à preocupação com o ambiente físico (pressão, temperatura, luz, umidade), o ambiente químico (água potável, alimentos, resíduos humanos, toxinas) e o ambiente biológico (criaturas marinhas perigosas, micro-organismos, fungos). Grande parte da ciência que cobre os habitats subaquáticos e sua tecnologiaprojetada para atender às necessidades humanas é compartilhada com mergulho, sinos de mergulho, veículos submersíveis, submarinos e naves espaciais.
Numerosos habitats subaquáticos foram projetados, construídos e utilizados em todo o mundo desde o início dos anos 60, seja pela iniciativa privada ou por agências governamentais. Eles têm sido usados quase que exclusivamente para a pesquisa e exploração, mas nos últimos anos, pelo menos, um habitat subaquático foi fornecido para o lazer e turismo. Pesquisas têm sido dedicadas especialmente aos processos fisiológicos e aos limites da respiração de gases sob pressão, para a formação de aquanautas e astronautas, bem como para a investigação dos ecossistemas marinhos.
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Habitats subaquáticos conceituais
Sub-Biosphere 2
Um projeto conceitual do internacionalmente reconhecido designer conceitual e futurólogo Phil Pauley. O Sub-Biosphere 2 é o habitat subaquático original autossustentável projetado para aquanautas, turistas e cientistas oceanógrafos, e a longo prazo, para habitação animal, vegetal e humana. O SBS 2 é um banco de sementes com oito biomas vivos para permitir a interação humana, de plantas e de água doce, alimentado e controlado pela Central de Apoio ao Bioma, que monitora os sistemas de vida dentro de sua própria central de operações.
Oceano
Os oceanos do planeta Terra. Um corpo de água contínuo que cerca a terra, o oceano global é dividido em áreas principais. Cinco divisões oceânicas são contadas geralmente: Pacífico, Atlântico, Índico, Ártico, e Antártico. Os últimos dois listados são, às vezes, considerados parte dos primeiros três.
Um oceano (em grego: ΩκεανÏŒς, "Okeanos") é o componente principal da superfície daTerra, constituído por água salgada. Forma a maior parte da hidrosfera: aproximadamente 71% da superfície da Terra (uma área de 361 milhões de quilômetros quadrados). Mais do que a metade desta área tem profundidades maiores que 3.000metros.
Embora a noção de “oceano global”, como um corpo contínuo de água, seja importante para a oceanografia, o oceano terrestre é, para efeitos práticos, normalmente dividido em várias partes, demarcadas por continentes e grandes arquipélagos. A tabela abaixo mostra a divisão mais comum, em cinco oceanos; é a oficialmente adotada, desde 2000, pela Organização Hidrográfica Internacional, da qual Brasil e Portugal são membros. Regiões menores dos oceanos são conhecidas como mares, golfos e estreitos.
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Oceano
Comentários
1
Separa Ásia e Oceania das Américas[2]
2
Separa as Américas da Eurásia e da África
3
Banha o sul da Ásia e separa África e Austrália[2][3]
4
Circunda a Antártida; em alguns casos é considerado a simples extensão sul dos outros três oceanos[4][5]
5
Banha os entornos do Polo Norte, entre as porções norte da América do Norte e Eurásia. Em alguns casos, é considerado um mar doAtlântico.
Características físicas
Evaporação da água do mar.
Os oceanos são ambientes totalmente diferentes do terrestre. Assim, esse ambiente é dominado por fenômenos muito peculiares que não ocorrem em terra, como as marés, as ondas, as correntes marinhas, vórtices,tsunamis, etc.
Origem
No meio ambiente terreno a água na forma como a conhecemos encontra-se num estado intermediário entre o estado gasosovapor e o sólido gelo, quando exposta as intempéries, o calor da crosta terrestre, os raios solares, aos ventos, a pressão atmosférica, promove a evaporação e precipitação desse liquido sobre o próprio mar e os continentes, dando início ao ciclo das águas, responsável pela sedimentação do fundo do mar e a salinização dos oceanos.
Biologia
Segundo a hipótese de Oparin, a vida surgiu no oceano e evoluiu durante muito tempo nesse ambiente, vindo a ocupar o ambiente terrestre apenas em épocas mais recentes (veja escala de tempo geológico e Experiência de Miller-Urey). Dessa forma, os organismos mais primitivos na linha da vida encontram-se no oceano, como as esponjas e cnidários. Veja Biologia Marinha para uma descrição sucinta dos organismos marinhos.
Desertos Marinhos
1.1 Oceano
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Grandes porções dos oceanos são chamados de desertos marinhos por conta do baixo teor de nutrientes, oxigênio e por isso a produtividade é baixa pois poucos organismos habitam lá.
Aumento da Temperatura
Em 20 de julho de 2009, cientistas do Centro Nacional de Dados Climáticos dos Estados Unidos, informaram à imprensa que os oceanos estão com a temperatura média de 17 °C, a mais alta desde 1880, quando iniciou-se os registros. Graças ao calor da Luz solar,que está aumentando cada vez mais,com o rompimento da camada de ozônio.[7]
Exploração
O estudo dos oceanos da Terra é chamado oceanografia. As viagens na superfície do oceano com o uso de botes datam de tempos pré-históricos, mas só nos últimos tempos as explorações submarinas se tornaram possíveis e comuns.
O ponto mais profundo do oceano são as Fossas Marianas, localizadas no oceano Pacífico, próximos às Ilhas Marianas, com uma profundidade máxima de 11.037 metros, de acordo com a inspeção feita em 1960, pelo batiscafo da Marinha britânica "Challenger 2", que deu seu nome à parte mais profunda da fossa, "Challenger Deep".
Morfologia do fundo marinho
Idade do fundo marinho.
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A margem continental é a porção do fundo marinho que está mais próxima a terra firme. Divide-se em:
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Plataforma continental ou plataforma submarina: é a menos profunda, chega aos 200 m de profundidade, sendo bastante plana. A água que a cobre costuma conter vida marinha em abundância e a maior parte da pesca realiza-se nesta zona. Aqui encontra-se a quarta parte da produção mundial de petróleo e gás procedente das rochas que se encontram abaixo destas plataformas.
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Talude continental, escarpada ou escarpa continental. A extensão do talude varia dependendo do oceano em que se encontre. Tem uma pendente mais pronunciada que a anterior e se situa entre os 200 até 3000 metros de profundidade aproximadamente.
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Borda continental. Encontra-se na parte final do talude e marcaria o limite com os fundos oceânicos.
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Dorsal centro-oceânica. São correntes montanhosas submarinas, vastas e escarpadas, geralmente localizadas no centro dos oceanos. Em média medem 1000 km de largura com uma altura de 3000 m. Formam um sistema mais ou menos conectado de 80 000 km de comprimento, recebendo diferentes nomes, por exemplo, dorsal Mesoatlântica, dorsal de Reykjanes, dorsal do Pacífico Oriental.
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Planícies abissais. Formam-se entre as dorsais oceânicas e as margens continentais. São zonas muito planas e uniformes, em torno dos 4.000 m de profundidade. Supõem aproximadamente 40 % do fundo do oceano.
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Fossas oceânicas ou abissais. São as partes mais profundas dos oceanos, com uma média de 7000 a 8000 m de profundidade, que podem chegar a medir milhares de quilómetros de distância. A fossa das Marianas tem a maior profundidade do planeta com mais de 11 000 m abaixo do nível do mar.
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: são formas de relevo litorâneo abruptas, com declive acentuado e alturas variadas, origina-se da acção das ondas do mar sobre as rochas.
Localização
Profundidade (m)
Fossa Challenger ou das Marianas
Pacífico (sul das ilhas Marianas)
11 034
Pacífico (noroeste da Nova Zelândia)
10 822
Pacífico (este do Japão)
10 554
Fossa das Curilas ou da Kamchatka
Pacífico (Sul das ilhas Curilas)
10 542
Pacífico (este das Filipinas)
10 540
Pacífico (Nordeste da Nova Zelândia)
10 047
Atlântico (este de Porto Rico)
8 800
Pacífico (E Nova Guiné)
9 140
Atlântico (este das ilhas Sandwich)
8 428
Pacífico (oeste do Peru e Chile)
8 065
Pacífico (S Ilhas Aleutas)
7 822
Mar do Caribe (sul de Cuba)
7 680
7 450
Atlântico (oeste das Ilhas Cabo Verde)
7 292